quarta-feira, 29 de abril de 2009

Não era de cristal, mas veio feito conto de fadas


Toda menina sonha com o seu primeiro sapato de salto alto, aquele calçado que deixa o calcanhar mais elevado do que os dedos e que na maioria das vezes é usado pelo sexo feminino, sem preconceitos, é claro. Ah, o salto alto!


Comigo não foi diferente: eu era pequena, não lembro exatamente a idade, estava na fase das sandálias da Xuxa, quer dizer, eu não estava na fase, a fase é que, obrigatoriamente, estava em mim. Aquelas sandálias magníficas, elegantíssimas, e eu usando sandália de plástico brilhante. Mas o mais entedioso era escutar de minha mãe que salto alto era coisa de gente grande. “Mas mãe eu quero, eu quero e eu quero”. E eu ganhei! Sim, eu ganhei: era linda, dourada, brilhante, salto médio na verdade, mas para mim era alto e lindo, uma tira fina na frente e duas que trançavam no tornozelo, me sentia uma princesa, ou melhor, uma rainha. Minha primeira sandália de salto alto. MINHA PRIMEIRA SANDÁLIA DE SALTO ALTO. Era incrível!


Andava de salto alto dentro de casa, ia na padaria, no mercado, no barzinho do lado de casa onde meu pai tomava aquela cervejinha, só não usava para ir à escola, mas bem que eu queria. O “toc toc” do barulho do salto ao caminhar me transmitia uma sensação de crescimento, de ser mulher.


Mostrar dor nos pés ou nas pernas, nem pensar. Já pensou minha mãe tirar minha sandália, minha adorável sandália, por reclamações de dores? Era inevitável que minha postura não fosse das melhores. A pouca prática no uso me entregava: pernas tortas e bambas faziam a graça dos que me “admiravam” com minha linda sandália dourada brilhante. Mas nada disso importava, o que eu queria mesmo eu havia conquistado. Minha primeira sandália de salto alto.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Eu e a Publicidade. A Publicidade e Eu.

(primeira identidade visual feita na facul)

Quando eu era pequena queria ser bailarina, sonhava com aqueles lindos passos de ballet, principalmente em dançar na pontinha do pé. Quando entrei no ensino fundamental mudei totalmente de idéia, queria ser veterinária para cuidar dos bichinhos, isso até eu cair na real de que nesses “bichinhos” estavam inclusos as vacas e porcos. No ensino médio, entrei em desespero, na verdade muitas profissões me chamavam a atenção, mas nenhuma provocava aquele desejo em segui-la. Com números e cromossomos eu nunca me dei muito bem, e decorar a tabela periódica não era muito minha área, então ao menos uma coisa eu tinha certeza, cursar faculdades que envolvessem muito a matemática, a biologia ou a química, estava descartado..

Terminei o segundo grau e por influência da família, comecei e me interessar em fotografia, meus tios são fotógrafos e de uma hora pra outra isso começou a me encantar. Com a ajuda da internet comecei a procurar sobre o assunto e então descobri que só existiam cursos técnicos e hoje em dia só isso não basta para ser um profissional conceituado. Publicidade e Propaganda entrou na minha vida na hora certa, queria um curso de graduação que envolvesse a fotografia, e essa era uma ótima escolha. Em 2006 prestei vestibular na UNIVATES e no semestre 2006A, eu já estava participando das aulas, foi quando percebi que um profissional de comunicação pode abrir o leque amplamente ao longo da sua carreira. Ele pode ser o editor do seu próprio Blog, ele pode ser o diretor do seu filme publicitário, ele pode desenvolver campanhas de grandes marcas ou ele pode trabalhar com fotografia, mas acima de tudo: Ser publicitário exige talento. Este dinamismo tem tudo a ver com o perfil dos estudantes de PP, que nos primeiros semestres iniciam a prática da publicidade e ali percebem a afinidade que tem com cada uma das diversas áreas disponíveis para atuação
A Publicidade e a Propaganda permitem uma vasta gama de oportunidades e opções que se completam. Uma não funciona sem a outra e cada uma tem características próprias. Mas também existe o lado obscuro, pois, a indústria da propaganda é muito corrupta e tem uma ideologia do consumo e do prazer imediato, o que quero dizer é que é preciso muita atenção na escolha do que fazer, mesmo já tendo definido o curso ou a profissão, falo isso porque eu mesma depois de ter iniciado esse curso e me aprofundado nas matérias acabei gostando das outras áreas, além da fotografia. Criar é muito bom, mexer com cores e formas, pensar em como uma marca deve ser vista, que imagem ela deve ter para seu público, me fazem perder a hora. Para sentir o gostinho da propaganda só tem um jeito, fazer propaganda e sentir o prazer de ser publicitário.


Hoje em dia tenho certeza que fiz a escolha certa sobre a faculdade que comecei a cursar, cheguei à conclusão que não daria certo seguir a carreira de bailarina, mesmo sendo quase tudo cor-de-rosa e saltitante e muito menos cursar veterinária, já cuido do meu cachorro e da minha gatinha e me sinto realizada. Mas ser publicitário é ser diferente, é se divertir com pouco criando muito, é fazer associações o tempo inteiro, é ser criativo.